Em julho, a deputada Augusta Brito esteve no município de Carnaubal para esclarecer os prefeitos de Ibiapaba sobre o assunto. A região que está em disputa é importante para o agronegócio, setor de energia eólica e turismo. A Serra da Ibiapaba, no noroeste do Ceará, é o principal palco desse conflito, mas ao todo são treze municípios afetados: Granja, Viçosa do Ceará, Tianguá, Poranga, Ibiapina, Ipueiras, Ubajara, Croatá, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Crateús, Carnaubal e Ipaporanga.
Segundo a parlamentar, a intenção da audiência pública é juntar uma representação mais técnica, com a participação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), Exército, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), para discutir o tema.
Foram convidados ainda representantes da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece); União dos Vereadores do Ceará (UVC); secretarias de Agricultura, Turismo, Educação, Saúde, Cidades, Planejamento e Gestão; sindicatos rurais dos municípios; Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece); Banco do Nordeste; Bradesco; Banco do Brasil; Caixa Econômica; Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace); dioceses de Sobral, Crateús e Tianguá; Ministério Público e comarcas dos municípios.
A disputa entre Ceará e Piauí surgiu após o Decreto Imperial nº 2012, de 1880, que alterou a linha divisória das então duas províncias. O Piauí conseguiu uma saída para o oceano Atlântico, anexando o território de Armação (hoje o município piauiense de Luís Correia). Em troca, o Ceará ficou com as terras que hoje abrangem o município de Crateús.
Da Redação/com Assessoria