Wellington Delpídio de Oliveira (30) – sem antecedentes criminais no Ceará
Policiais militares efetuaram a prisão de dois estelionatários, nessa quarta-feira (22), após informações repassadas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), no bairro Aldeota – Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1) de Fortaleza. As capturas aconteceram com o apoio da inteligência artificial do Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia), ferramenta desenvolvida pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Universidade Federal do Ceará (UFC).
O primeiro a ser preso em flagrante, dentro de uma agência bancária na Avenida Santos Dumont, foi o paulista Wellington Delpídio de Oliveira (30) – sem antecedentes criminais no Ceará. Ele foi identificado após uma denúncia enviada à Ciops, acerca da sua conduta suspeita dentro do banco, por vários dias seguidos. Com Wellington, que se apresentou com outro nome, foram apreendidos valores em espécie e cartões bancários com o nome de terceiros.
Depois de dar voz de prisão ao estelionatário, a composição diligenciou até a pousada onde o criminoso estava hospedado, na Avenida Monsenhor Tabosa, na Praia de Iracema (AIS 1). No quarto de Wellington, os policiais encontraram mais de dez cartões bancários e comprovantes de depósitos. O segundo envolvido, que se encontrava na parte externa apoiando a ação criminosa, tentou fugir quando percebeu a chegada da Polícia Militar. Ao identificar o envolvimento de uma segunda pessoa, a informação foi enviada à Ciops. Por meio dos sensores do Spia, o carro conduzido pelo cearense Daniel Diego Ferreira Lima (32) – sem antecedentes criminais – foi abordado, no bairro Dias Macedo (AIS 7), por outra equipe da Polícia Militar.
O caso foi levado à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), onde um inquérito policial foi instaurado. Conforme os levantamentos, o “modus operandi” dos criminosos consistia no contato telefônico feito pelos suspeitos, que informavam às vítimas que seu cartão bancário havia sido clonado. Dessa maneira, o estelionatário pedia que a pessoa digitasse, em ligação, a senha do cartão, e depois escrevesse uma carta permitindo que a Polícia Civil investigasse o suposto crime.
Depois de confirmar todos os dados, ele pedia que a vítima colocasse o cartão e a carta dentro de um envelope e o entregasse para um funcionário, que seguiria até a residência para recolher o material. Em posse de todas as informações, os criminosos realizavam compras e sacavam valores em espécie. Até o momento, a Polícia Civil já identificou pelo menos onze vítimas. O prejuízo de duas delas é estimado em cerca de R$ 50 mil. A dupla foi autuada em flagrante por estelionato e associação criminosa. Wellington foi indiciado por falsa identidade. A Polícia Civil apura a participação de outras pessoas no esquema criminoso.