Seis personalidades vão receber, no próximo dia 24 de outubro, a principal honraria do Estado. A Medalha da Abolição será entregue no Palácio da Abolição, pelo governador Camilo Santana. A comenda, instituída em 1963, reconhece o trabalho relevante de brasileiros para o Estado do Ceará e para o Brasil.
As seis personalidades que receberão a Medalha da Abolição 2018-2019, por terem ajudado a construir a história do Ceará e se destacado de alguma forma no cenário nacional, são: a presidente da Academia Cearense de Letras, Ângela Maria Rossas Mota de Gutiérrez, primeira mulher a presidir a entidade literária; o empresário Edson Carvalho Ventura; a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, Maria Iracema Martins do Vale, conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); o ex-senador Carlos Mauro Cabral Benevides; Regina Marta Albuquerque Barbosa, fundadora da Casa de Vovó Dedé, instituição sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento de crianças e jovens de seis a vinte e nove anos em situação de vulnerabilidade social; e Padre Reginaldo Manzotti, fundador da associação Evangelizar é Preciso, movimento de evangelização.
A escolha é feita por uma comissão que avalia o conjunto de nomes e resolve conceder, dentre esses, a medalha para aqueles que mais se destacaram. Com os seis que serão agraciados este ano, chega a 170 as personalidades homenageadas.
Abolição
Em 25 de março de 1884, Francisco José do Nascimento, o corajoso pescador e marinheiro conhecido como Chico da Matilde, afirmou que a partir daquela data não se embarcavam mais escravos nos portos do Ceará. Assim era decretada a abolição da escravatura no Ceará, quatro anos antes da promulgação da Lei Áurea, em 1888.
A atitude do cearense, que posteriormente ficou conhecido como o Dragão do Mar, é a inspiração para atitudes de grandes homens e mulheres que até hoje se destacam no cenário nacional e no Ceará.