Nos últimos seis meses, não houve nenhum assalto à mão armada no entreposto da Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE). O marco se deve à instalação de 26 câmeras de videomonitoramento na área de 38.360 metros quadrados. Também não houve registro de furto de veículos desde abril deste ano e a quantidade de furtos de pessoas caiu 50%. Por dia, 25 mil pessoas circulam no entreposto de Maracanaú e 30% dos furtos no período foram solucionados com a identificação dos criminosos e a restituição dos bens.
Na semana passada, a Polícia Militar efetuou a prisão de dois criminosos que se passavam por policiais civis no local. A abordagem só foi possível com auxílio das câmeras de videomonitoramento. “O equipamento está ainda ajudando em outras situações, como: o acompanhamento do comércio irregular do mercado, descarte ilegal de resíduos, flagra de pessoas que trazem lixo de fora da Ceasa e uma séria de situações que, agora, estão sendo acompanhadas bem mais de perto,” detalha o presidente da Ceasa, Maximiliano Quintino.
“Temos 16 câmeras Speed Dome com alcance de 360° e outras cinco fixas, além de quatro câmeras na portaria de entrada e uma no acesso ao pátio dos bancos. As câmeras alcançam aproximadamente 500m da área externa do entreposto e todas operam 24h,” destaca o supervisor do Núcleo de Segurança da Ceasa, Sérgio Mendes.
Trio autuado
Na última terça-feira (8), Francisco Hélder Lopes Gadelha (47) e Luciano Moreira de Oliveira (38), sem antecedentes criminais, foram autuados em flagrante no entreposto ao tentarem se passar por policiais civis em serviço de segurança privada (usurpação de função pública). O contratante seria Dyogo José Brito Teles (32), suspeito de integrar uma organização criminosa e também sem antecedentes criminais.
Ao delegado titular do 14º Distrito Polícia, Aurélio de Araújo Pereira, o suposto empresário confirmou a contratação e justificou informando que estaria sendo ameaçado por terceiros. Após a autoridade policial analisar toda a ocorrência, autuou e deu voz de prisão a Dyogo José Brito Teles pelo crime de concurso de pessoas, uma vez que ele contribuiu para que o crime ocorresse.
“Temos ouvido alguns relatos dos permissionários e dos nossos clientes dizendo que estão satisfeitos com o videomonitoramento e que também estão se sentido mais seguros”, opina Renato Barroso, presidente da Associação dos Permissionários da Ceasa-CE. Segundo o também permissionário do box da Citrus RB, embora haja alguns ajustes sejam necessários, o público deve comemorar “alguns episódios graves” que foram impedidos graças à iniciativa da atual gestão da Central de Abastecimento.