O desejo de muitos torcedores alvinegros será realizado em 2020. Está definido: o Ceará terá marca própria a partir da próxima temporada. O nome da marca ainda não está definido. Foto: Arquivo / SVM
A possibilidade, que já era analisada pelo clube há um bom tempo, como o Diário do Nordeste noticiou em primeira mão em setembro, deverá ser posta em prática após o fim do contrato com a Topper, atual fornecedora de material esportivo, que tem vínculo até dezembro.
A excelente iniciativa do Vovô fará com que o próprio clube internalize todo o processo de fabricação, logística, comercial e demais etapas da produção do seu próprio material esportivo, sendo assim o responsável pelas diferentes fases destas operações.
“Essa é uma tendência de mercado. Isso gera receitas, o retorno financeiro é melhor. Claro que, pra isso, precisa ter investimento. Mas acho que seria uma iniciativa interessante. Estamos com a Topper até o fim de 2019, mas estamos desenhando muita coisa pro próximo ano”, já havia declarado o presidente Robinson de Castro em entrevista exclusiva em setembro.
Ter a marca própria é também uma forma de gerar novas receitas aos cofres alvinegros, considerando que o clube terá uma autonomia maior para criar e promover seus próprios produtos, sem dependência de outras fornecedoras.
O Ceará tem contrato com a Topper desde 2016 e atualmente recebe royalties da empresa paulista, além de enxoval, em contrato considerado vantajoso pela diretoria alvinegra.
Em 2019, a Topper propôs novo contrato de renovação ao Alvinegro, assim como outra empresa do ramo que também ofereceu proposta para fornecer material esportivo ao Ceará. Entretando, o clube optou pelo caminho da criação da marca própria.
A decisão é um acerto da diretoria alvinegra, em um cenário que é muito mais viável que as ações do clube ocorram em alinhamento aos objetivos estratégicos, num contexto que torna possível, por exemplo, a criação de um uniforme com preço popular.
Com mudanças em seus processos internos, o Vovô deverá ainda realizar outras alterações em breve para otimizar diversos setores.
Dando este importante passo, o Ceará segue o caminho de outros clubes nordestinos que tiveram sucesso nesta iniciativa, como o Bahia, CSA e o rival Fortaleza, que já tem na marca própria uma das principais fontes de receitas do clube, com faturamento estimado em cerca de R$ 10 milhões em 2019.