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roupas podem ficar até 35% mais caras no Ceará

por Tribuna Regional
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roupas podem ficar até 35% mais caras no Ceará
“O Brasil também não produz fio suficiente de algodão para atender às nossas necessidades do mercado interno, então a gente tem que buscar fora. Assim nem tem produto nacional e nem teria produto externo para consumir”,
atribui.

Consumo

O período de isolamento social influenciou nas mudanças dos hábitos de consumo dos brasileiros. Ao passar mais tempo em casa, as pessoas começaram a valorizar mais artigos de decoração e eletrodomésticos, por exemplo. Com a retomada da economia, é esperado que os hábitos de consumo comecem a voltar ao que era visto antes, avalia Wilton Daher, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef).

“Em outros produtos, como os da indústria têxtil, o aumento deve vir nos próximos meses, já que as pessoas vão começar a sair de casa e começar a consumir mais. Antes, a indústria estava parada e as pessoas não estavam comprando, agora que a máquina vai voltar a girar e a pressão do dólar vai se refletir para o consumidor”, explica.

O preço mais caro, por sua vez, não deve reduzir o consumo, segundo o presidente do Sindconfecções. “O mais importante não é só o aumento. Porque o aumento ainda vai ter algumas pessoas que vão conseguir adquirir. A nossa preocupação é que a pessoa mesmo tendo condição de comprar, não tenha o produto que ela deseja”, explana.

Na tentativa de conter a escalada do dólar, o Governo brasileiro tem margem para adotar algumas estratégias, como explica o vice-presidente do Ibef. “O Brasil tem uma reserva cambial muito forte, o que é importante porque, se houver uma pressão muito grande, o Banco Central pode lançar dólares no mercado, como já fez”.

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