Consumo
O período de isolamento social influenciou nas mudanças dos hábitos de consumo dos brasileiros. Ao passar mais tempo em casa, as pessoas começaram a valorizar mais artigos de decoração e eletrodomésticos, por exemplo. Com a retomada da economia, é esperado que os hábitos de consumo comecem a voltar ao que era visto antes, avalia Wilton Daher, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef).
“Em outros produtos, como os da indústria têxtil, o aumento deve vir nos próximos meses, já que as pessoas vão começar a sair de casa e começar a consumir mais. Antes, a indústria estava parada e as pessoas não estavam comprando, agora que a máquina vai voltar a girar e a pressão do dólar vai se refletir para o consumidor”, explica.
O preço mais caro, por sua vez, não deve reduzir o consumo, segundo o presidente do Sindconfecções. “O mais importante não é só o aumento. Porque o aumento ainda vai ter algumas pessoas que vão conseguir adquirir. A nossa preocupação é que a pessoa mesmo tendo condição de comprar, não tenha o produto que ela deseja”, explana.
Na tentativa de conter a escalada do dólar, o Governo brasileiro tem margem para adotar algumas estratégias, como explica o vice-presidente do Ibef. “O Brasil tem uma reserva cambial muito forte, o que é importante porque, se houver uma pressão muito grande, o Banco Central pode lançar dólares no mercado, como já fez”.