O equipamento vai integrar a rede estadual de saúde e ajudar a reduzir a fila de espera para cirurgias eletivas. A estimativa é realizar cinco mil até o primeiro trimestre do próximo ano
O governador Camilo Santana comunicou, nesta quinta-feira (26), que o Hospital Leonardo Da Vinci será adquirido pelo Governo do Ceará junto à iniciativa privada e passará a integrar a rede pública estadual de saúde de forma permanente. Com capacidade para funcionar até 230 leitos, o equipamento vai contribuir para reduzir a fila de cirurgias eletivas, com previsão para 800 procedimentos mensais.
A aquisição foi comemorada por Camilo Santana, que vê na novidade a possibilidade de ofertar mais serviços de saúde à população. “O Estado vai adquirir para ser mais um equipamento a prestar serviço na área da saúde ao povo cearense. Esse hospital tem capacidade para 230 leitos, sendo 30 de UTI e o restante de enfermaria. Nossa meta é zerar as filas de cirurgias eletivas nos próximos seis meses”, destacou o governador.
No início da pandemia do Coronavírus, a unidade foi requisitada à iniciativa privada para ser cedida ao Estado e se somar aos equipamentos de saúde no tratamento de pacientes com Covid-19. “No pico da pandemia, o hospital chegou a ter 150 leitos de UTI exclusivamente para atender pacientes com Covid-19. Foi um hospital que salvou muitas vidas e deu uma retaguarda importante nesse enfrentamento da pandemia no Ceará”, lembrou Camilo.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, reforçou a importância de investimentos públicos na área. “A gente precisa celebrar cada investimento feito na saúde. Vai permitir mais oportunidade de internação clínica de qualidade. De todos os investimentos sociais, aqueles que mais aliviam a dor, a angustia e mais alcançam as pessoas que precisam, são os feitos no SUS. Mais de 80% da nossa população é usuária do Sistema Único de Saúde”, comentou o gestor municipal.
Aproveitando o investimento
A unidade de saúde foi uma das primeiras a se tornar exclusiva para o atendimento de pacientes com Covid-19 no Ceará. De propriedade particular, até então, o hospital foi requisitado em março deste ano pelo Estado para ampliar a oferta de leitos público no tratamento da doença. O equipamento estava fechado e foi todo adaptado pelo Governo do Ceará para a situação de emergência. O Leonardo Da Vinci chegou a contar com 216 leitos, sendo 150 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 813 profissionais de diferentes áreas atuando multidisciplinarmente.
O titular da Secretaria da Saúde (Sesa), Dr. Cabeto, citou investimentos importantes feitos para combater a pandemia e que hoje servem à população de outra maneira, mas com a mesma finalidade: ofertar serviços de saúde. “Nossos investimentos na Covid-19 todos estão sendo bem aproveitados. Temos 20 cidades do Interior onde o Estado aportou recursos para ampliar o atendimento de terapia intensiva que estão mantidos”, afirmou o secretário.
Atualmente, 34 leitos permanecem exclusivos para atendimento à Covid-19, sendo 24 de enfermaria e 10 de UTI. A unidade tem capacidade para reativar os 150 leitos, dependendo da demanda. Desde 13 de outubro que o hospital passou a realizar cirurgias eletivas. Por mês, a expectativa é que ocorram cerca de 800 procedimentos nas áreas de ortopedia, otorrinonaringologia, urologia e cirurgia geral. Para esses novos serviços, o Hospital vai contar com 195 leitos, entre enfermaria e UTI, e também com nove salas de cirurgias. “O hospital tem como meta a realização de cinco mil cirurgias até o primeiro trimestre do ano que vem. Com isso, a gente espera reduzir essa aflição”, pontuou Dr. Cabeto.