Instituto Adolfo Lutz colheu os testes positivos de um colombiano e um equatoriano, e identificou a variante de interesse B. 1.216, até então não registrada no território brasileiro.
Durante a Copa América, realizada do dia 13 de junho a 10 de julho, pelo menos uma nova variante do coronavírus foi identificada no Brasil. A tese de pesquisadores é que a introdução da variante do vírus no País tem a ver com o evento, que reuniu pessoas de diversos lugares do mundo. Conforme as informações divulgadas pelo Estado de S.Paulo, amostras colhidas do Mato Grosso, de duas pessoas diferentes que estavam com a doença, foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O resultado identificou a variante de interesse B. 1.216, até então não registrada no território brasileiro.
A variante encontrada nos testes é originária da Colômbia, mas já chegou no Caribe, nos Estados Unidos e em algumas localidades da Europa. Variantes de interesse, como a B 1.216, são aquelas mutações que precisam ser acompanhadas mas que, até o momento, não trouxeram indicação de desenvolverem formas mais letais ou contagiosas da doença. Há ainda as variantes de preocupação, como a Delta, que têm essas características.
Os testes positivos foram feitos em estrangeiros das seleções colombiana e um equatoriana. As seleções da Colômbia e Equador se enfrentaram na Arena Pantanal, em Cuiabá, na abertura do torneio, no dia 13 de junho. No último balanço divulgado pela Conmebol, em 24 de junho, 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam infectadas com o vírus. Os Estados mandaram para o instituto fazer a sequência de amostras vindas dos jogadores, comissão e delegações dos países.
Especialistas e autoridades em saúde criticaram a possibilidade que jogadores estrangeiros que viessem ao Brasil, por causa da possibilidade desses estrangeiros trazerem novas variantes do coronavírus. Alguns Estados, como São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul chegaram a vetar a realização de partidas em seus Estados.