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Reportagem especial da TV Assembleia destaca luta e preconceito contra hanseníase

por Tribuna Regional
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Reportagem especial da TV Assembleia destaca luta e preconceito contra hanseníase
O programa Reportagens Especiais, da TV Assembleia (canal 31.1), que vai ao ar nesta quarta-feira (04/08), às 19h40, destaca a hanseníase, desde a origem da doença e o preconceito com os pacientes.

“O assunto deve ser debatido pois a população precisar ficar informada sobre os sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença”, disse a produtora da série, jornalista Suely Frota. Ela lembra que há ainda muita desinformação e preconceito em relação à doença.

A hanseníase é infecto-contagiosa, de evolução crônica, e provoca lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade dolorosa, térmica e tátil. Pode afetar olhos, rins e fígado. O avanço da enfermidade, com o acometimento do sistema nervoso periférico, pode levar à incapacidade física permanente. A transmissão da doença é feita por meio de gotículas de saliva, que entram bela boca ou nariz. Mas cerca de 90 por cento das pessoas possuem defesa natural contra o agente infeccioso.

A reportagem especial vai mostrar a evolução da hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra. A doença esteve presente por séculos em várias partes do mundo e conseguiu ser erradicada em muitos países. No Brasil, porém, é ainda considerada uma preocupação comum em diversos estados.

A legislação sanitária brasileira da Primeira República, baseada nos conhecimentos científicos da época, previa o isolamento de pessoas com hanseníase em colônias, construídas para esse fim. Por decreto, em 1923, foi instituída no Brasil a internação compulsória, abolida em 1962. Em algumas cidades, a polícia sanitária podia capturar doentes para serem internados.

Com a consolidação da cura da hanseníase por meio da poliquimioterapia, sem necessidade de internação, os hospitais-colônia passaram a abrigar antigos pacientes, que nesse período já não tinham mais vínculos familiares ou sociais fora dos muros do local. Mesmo curados, com o direito à liberdade, continuavam a depender da colônia por não terem para onde ir. Dos 101 hospitais-colônia que existiram no País, cerca de 33 continuam ativos. É o caso da colônia Antônio Diogo, no município de Redenção, no Ceará.

Atualmente, o espaço é o Centro de Convivência Antônio Diogo, uma das unidades da Secretaria de Saúde do Ceará, que abriga 42 pessoas remanescentes da colônia. Com seus familiares, totalizam mais de cem residentes no local. São dois pavilhões e 65 casas.

A equipe da TV Assembleia visitou ainda locais como o Centro de Convivência Antônio Diogo, Centro de Dermatologia Dona Libânia, Hospital de Messejana, Walter Cantídio e Laboratório de Doença de Chagas da UFC.

As reportagens e edição de texto são de Cibele Couto, produção de Suely Frota, imagens de Reginaldo Silva, edição de imagens de Ribamar Júnior e edição de arte de Daniel Cardoso.

LS/LF

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